Alunos

Quando falamos de alunos devemos fazer uma divisão que existe na sociedade atual. Alunos que simplesmente estão matriculados e os alunos que veem a escola como um lugar para aprender e crescer. Curiosidade, interesse e vontade de aprender, são as características que diferenciam uns dos outros. Para efeitos de uma melhor compreensão chamaremos alunos aqueles que estão matriculados e estudantes aos que além da matrícula contam com a compreensão que a escola é um lugar de aprendizagem e não um espaço simplesmente para socializar.
Houve uma época em que aprender, ou ter a chance de aprender era como ganhar na loteria. Existem, ainda hoje, lugares que continuam com a mesma percepção. São as regiões nas quais o mundo moderno ainda não chegou e as pessoas almejam crescer e melhorar como seres humanos. As crianças desses lugares possuem a ânsia do conhecimento, estão curiosas para aprender e saber das coisas. Poucas famílias preparam seus filhos para a aventura da cultura e lhes inculcam a chama da curiosidade. Já devem ter inferido quais são as características dos dois tipos de público que encontramos nas escolas.
Matriculados e estudantes. Vamos falar um pouco mais de cada um deles.
a) Matriculados: São aqueles que frequentam uma instituição de ensino por imposição da lei, da família ou dos costumes. Têm como características a falta de atenção nas aulas, cansaço crônico, desmotivação e postura de perguntar-se o que está fazendo nessa sala de aula.
b) Estudantes: São aqueles que independentemente de estarem ou não matriculados em algum colégio estão dotados de curiosidade e anseios para aprender. São curiosos, participantes, questionadores e desafiadores fazendo que os professores estejam sempre preparados para responder às perguntas: Como? Quando? Por quê? Quem? …
Espero que seu lar seja um campo propício para o crescimento de futuros estudantes da vida, e não de simples matriculados neste mundo.

6 Comments

  1. Fernanda Ayres said:

    Adorei seu texto e seu ponto de vista nos comentários quando diz “escravidão cultural”. Estou sempre o acompanhando por aqui! Abraços

    23 de outubro de 2017
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    • Querida Fernanda: Não imagina a alegria de saber que continuamos em contato. Um grande abraço e tudo de bom na tua vida.
      Um abraço do velho professor.
      Ricardo

      23 de outubro de 2017
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  2. Mesquita said:

    Caro Professor Ricardo. Pelo que nos esclarece, não teria chegado o momento de disruptura do sistema de educação, em que escolas, pais e alunos discutam os desafios que enfrentam no cenário atual, debatendo para transformarem ameaças ao sistema em oportunidades, deixando a zona de conforto nesses tempos de processos da disrupção inovativa? Forte abraço.

    22 de outubro de 2017
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    • Caro amigo: Nós fomos colonizados materialmente, conseguimos nos libertar, mas continuamos colonizados culturalmente. Até que nossa educação não seja um espelho de nossa sociedade e de nossas necessidades, continuaremos sendo escravos da pior das escravidões: a escravidão cultural. Já passo do tempo de fazer mudanças, e como já muitos disseram a única maneira de mudar uma sociedade é através da transformação do individuo.
      Um grande abraço.
      Ricardo

      23 de outubro de 2017
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  3. Carlos Alberto Isidoro Alonso said:

    … Me gusto mucho lo escrito, pienso lo mismo que Vos… Se lo paso a Mi nieto… que esta por finalizar los estudios primarios, y creo lo hará pensar, en las dos posibilidades… espero Me comente luego de leerlo, si tomo conciencia de lo escrito, después de meditarlo y sacar una conclusión ….
    … Después Te comento lo que Me contesta… abrazo…

    20 de outubro de 2017
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    • Querido primo: Me alegró tu comentario por dos motivos, el primero porque significa que lees mis artículos y el segundo que te sirva para tu nieto. Caso te conteste me comenta su respuesta.
      Un gran abrazo

      21 de outubro de 2017
      Reply

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