Inteligência vs. Educação

Antes de começar esta crônica, como é habitual pesquisei no dicionário o significado das palavras do título.

Inteligência: Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar; entendimento, intelecto, percepção.

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Educação: Processo que visa ao desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, através da aplicação de métodos próprios, com o intuito de assegurar-lhe a integração social e a formação da cidadania.

https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/educa%C3%A7%C3%A3o/

O que é que nos pode indicar a existência ativa da inteligência? Na minha opinião, três características demonstram a atividade inteligente. A primeira é a curiosidade:

Curiosidade: Desejo de aprender ou adquirir conhecimentos.

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A segunda é a reflexão:

Reflexão: Observação atenta e profunda, oral ou escrita, sobre alguma coisa, resultado de intensa meditação e entendimento.

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E a terceira é a resiliência:

Resiliência: Capacidade de rápida adaptação ou recuperação.

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         Repito, é minha opinião pessoal. Acredito profundamente que o trabalho da educação, sob um ponto de vista social e familiar, deve fomentar estas três características nos seres humanos. Atualmente, por causa dos meios eletrônicos que nos rodeiam observamos que se chama curiosidade à capacidade das crianças de mexer com celulares e mídias sociais, quando na realidade as estamos transformando em autômatos que aprendem a mexer mecanicamente com botões. Reflexão é substituída por satisfação imediata, porque se uma criança não gosta do que está vendo, aperta um botão e muda imediatamente para alguma outra coisa que satisfaça seu imediatismo. O mesmo acontece com a resiliência, que deixa de ser algo de dentro para fora, e passa a ser o contrário, de fora para dentro. A criança procura nas estimulações externas, em lugar das internas, razões para justificar seus atos.

         Pergunto o que estamos fazendo na educação de nossos filhos, tanto nos nossos lares assim como nos colégios? Quando teremos de volta jovens que tenham no seu vocabulário e nas suas atitudes as velhas perguntas, sumidas ultimamente, como: Por que isso acontece? De onde vem esse pensamento? Qual é o raciocínio dessa conclusão? Quem foi que disse aquilo? Existe alguma opinião contrária? Todo o mundo pensa assim?

         Sou professor e sinto saudades do tempo em que meus alunos faziam este tipo de perguntas. E você tem notado a diferença?

Boa semana.

2 Comments

  1. Mesquita said:

    Caro professor, meu parecer se fundamenta na mutação da nossa civilização de uns trinta anos para cá. Observamos que os pais são cada vez mais despreparados, carentes de educação e conhecimentos, o que vem faltar nas diversas fases de formação dos filhos que se revelam e se rebelam contra as normas dos bons princípios, costumes, da obediência, da educação e das boas maneiras, dentro e fora de casa. Além de não obedecerem, se rebelam, desacatam desrespeitosamente os pais, professores e outros impondo suas vontades, o que fatalmente se refletirá ainda mais grave nos filhos, gerando outras gerações futuras cada vez piores. E assim não teremos para breve a volta de jovens que tenham nas suas atitudes e vocabulário as velhas perguntas sumidas que cita em sua crônica. Isso é o que observo no ceio da nossa sociedade, infelizmente. Forte abraço, Mesquita

    16 de abril de 2020
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    • Caro amigo. Talvez a origem da falta de curiosidade e motivação desta geração seja que têm tido tudo muito fácil.
      É só estender a mão ou pedir que já conseguem o que querem. Já a Bíblia diz sobre amizade: Assim como o ferro afia o ferro,
      o companheiro afia ao seu amigo. Talvez tenha faltado esse conceito na educação desta geração, faltou afiar aos filhos
      como se afia o ferro, é uma geração que não tem sido afiada. Meu medo é que como minha avó dizia: o que não se aprende
      com amor no lar, se aprende com dor na rua.
      Um abraço.
      Ricardo

      16 de abril de 2020
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